segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O livro da Compreensão- OSHO


Proponho uma nova religiosidade. Não será o cristianismo e não será o judaismo e não será o hinduísmo; esta religiosidade não terá qualquer ADJECTIVO. Será pura e simplesmente a qualidade de ser completo.
A religião falhou. A ciência falhou. O Oriente falhou e o Ocidente falhou. É preciso algo que contenha uma síntese mais elevada, onde Ocidente e o Oriente possam encontrar-se, onde religião e ciência possam encontrar-se.
O ser humano é como uma árvore, com as raizes na terra e o potencial de florir. A religião falhou porque falava apenas de flores- e essas flores permanecem filosóficas, abstratas; nunca se materializam. Não podiam materializar-se porque não eram apoiadas pela terra. E a ciência falhou porque se preocupou apenas com as raizes. As raizes são feias e parece não haver qualquer florescimento. A religião falhou por ser transcendental e negligenciar este mundo. E não podemos negligenciar este mundo-fazê-lo é negligenciar as nossas própias raizes. A ciência falhou porque negligenciou o outro mundo, o mundo interior, e não podemos negligenciar as flores. Se negligenciarmos as flores, que são o núcleo mais íntimo do nosso ser, a vida perde todo o significado.
Tal como a árvore precisa de raizes, assim o ser humano precisa de raizes- e as raizes so podem estar na terra. A árvore precisa do céu aberto para poder crescer, desenvolver a sua folhagem e ter milhares de flores. Só então a árvore esta realizada;só então a árvore apreende significado e sentido, e a vida se torna relevante.
O Ocidente sofre por ter demasiada ciência, e o Oriente sofre por ter demasiada religião. Agora precisamos de uma nova humanidade, na qual a religião e a ciência se tornem doisaspectos de uma só humanidade. E, assim que dermos existência a esta nova humanidade, e a terra pode tornar-se, pela primeira vez, no que se pretendia que se tornasse. Pode ser um Paraíso.

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